Gestão da Previ, previdência do Banco do Brasil, será investigada pelo TCU após plano acumular perda de R$ 14 bilhões em 2024

Entre janeiro e novembro de 2024, o “Plano 1” da Previ “acumulou prejuízo” de aproximadamente R$ 14 bilhões.


O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou na quarta-feira (5) uma auditoria urgente sobre a gestão da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ). O ministro Walton Alencar Rodrigues expressou “gravíssimas preocupações” ao solicitar a medida.

Entre janeiro e novembro de 2024, o “Plano 1” da Previ “acumulou prejuízo” de aproximadamente R$ 14 bilhões. Além disso, os investimentos do plano renderam apenas 1,58% no período.

“O fato é seríssimo, elevando os riscos dos segurados do Banco do Brasil. Comparativamente aos anos anteriores, foi pífio o desempenho atual dos planos da Previ”, afirmou o ministro. Segundo ele, no último ano, os rendimentos foram substancialmente menores em quase todas as classes de investimento, incluindo renda fixa, renda variável, ativos imobiliários e estruturados.

Alencar Rodrigues alertou para uma “situação de inequívoco risco” para os beneficiários e afirmou que “sérios problemas de gestão parecem estar a afligir a entidade”.

A Secretaria Geral de Controle Externo foi acionada para levantar informações. “Há a perspectiva de danos graves para o Banco do Brasil, sociedade de economia mista, cujo controle pertence à União, que, em caráter extraordinário, poderá ser obrigada a contribuir paritariamente com os assegurados”, destacou o ministro.