O governo russo afirmou na segunda-feira (3) que as eleições na Ucrânia são ‘necessárias para a legitimação do poder’ em Kiev.
Os Estados Unidos querem que os ucranianos realizem eleições até o fim do ano, especialmente se houver uma trégua com a Rússia, disse à agência Reuters o principal funcionário do governo Trump na Ucrânia.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que “não há discussões sérias” sobre quem participaria de negociações para encerrar o conflito.
A GUERRA
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, avançando pela fronteira russa, pela Crimeia e por Belarus, aliado de Moscou.
Nos primeiros dias, forças leais a Vladimir Putin conquistaram territórios, mas os ucranianos resistiram e mantiveram o controle de Kiev, apesar dos ataques à cidade.
A invasão foi amplamente condenada, levando o Kremlin a sofrer sanções econômicas do Ocidente.
Em outubro de 2024, analistas alertaram que a guerra atingiu seu momento mais perigoso.
As tensões aumentaram após Putin ordenar o uso de um míssil hipersônico em território ucraniano.
A arma, que carregava ogivas convencionais, tem capacidade para transportar material nuclear.
O lançamento ocorreu após uma ofensiva ucraniana dentro da Rússia, usando armamentos de EUA, Reino Unido e França.
A inteligência ocidental denuncia que tropas da Coreia do Norte estão lutando pela Rússia na Ucrânia.
Nem Moscou nem Pyongyang confirmam ou negam essas alegações.
Putin, que substituiu seu ministro da Defesa em maio, declarou que as forças russas avançam “de forma mais eficaz” e que Moscou alcançará seus objetivos.
Ele não detalhou quais seriam esses objetivos.
Já o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acredita que a Rússia quer ocupar totalmente a região de Donbass.
Zelensky também disse que Putin pretende expulsar as tropas ucranianas das áreas que controlam na região russa de Kursk desde agosto.