PF deve concluir inquérito sobre a suposta “Abin Paralela” nas próximas semanas e pode indiciar Bolsonaro

A força policial avalia incluir na lista de indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).


A Polícia Federal (PF) está prestes a encerrar o inquérito sobre a suposta estrutura de espionagem conhecida como “Abin Paralela”, voltada contra adversários do governo de Jair Bolsonaro (PL). A força policial avalia incluir na lista de indiciados o ex-presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro (PL) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

No relatório final, a PF deve concluir que a suposta “estrutura clandestina” foi usada para “perseguir opositores políticos” e apoiar um suposto plano de golpe de Estado.

Segundo as investigações, a suposta “Abin Paralela” teria monitorado ilegalmente 22 pessoas, entre elas figuras políticas de destaque e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A lista de alvos inclui oito parlamentares, cinco servidores públicos, quatro ministros do STF, quatro jornalistas e um governador.

“O monitoramento teria ocorrido principalmente em 2021, estendendo-se até 2022”, detalha o inquérito.

Além disso, a PF aponta que integrantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) do governo federal alimentavam a “Abin Paralela” com perfis falsos. Esses perfis eram usados para disseminar informações falsas contra desafetos políticos, de acordo com a PF.