Donald Trump sinalizou neste sábado (25) que pode reconsiderar a reintegração dos Estados Unidos à Organização Mundial da Saúde (OMS), com uma condição: a redução do valor pago pelo país ao órgão. Segundo o presidente, os EUA contribuíam com US$ 500 milhões por ano, enquanto a China, apesar de ter uma população maior, pagava apenas US$ 39 milhões.
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Durante seu discurso, Trump relembrou sua decisão, em 2020, de retirar o país da OMS, argumentando má gestão da pandemia de Covid-19 e outras crises de saúde. No entanto, destacou que, em 2021, Joe Biden reverteu essa decisão e retomou a participação americana, mantendo altos valores de contribuição.
“Eles me ofereceram 39 milhões. Eles disseram: ‘Deixaremos você voltar por 39 [milhões de dólares]’. Reduziriam de 500 [milhões] para 39 [milhões]”, afirmou o republicano. “Eu recusei, porque ficou muito popular. Talvez a gente pudesse considerar fazer de novo. Não sei. Talvez a gente tivesse que ‘limpar’ um pouco.”
Trump também criticou a disparidade nas contribuições financeiras entre os EUA e a China. “A China paga 39 milhões [de dólares] por 1,4 bilhão [de pessoas], enquanto nós pagamos 500 milhões [de dólares] por 325 milhões [de pessoas]. Não sei o que diabos há de errado com essas pessoas.”
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Apesar das críticas, Trump indicou que pode repensar a saída caso as condições de financiamento sejam favoráveis. Ele reforçou, porém, que seu foco seria garantir um acordo mais justo para os EUA.
A Organização das Nações Unidas (ONU) informou que os EUA deixariam oficialmente a OMS em 22 de janeiro de 2026. Atualmente, o país é o maior financiador da organização, contribuindo com cerca de 18% do orçamento geral. Para 2024-2025, o orçamento da OMS é de US$ 6,8 bilhões.