Em Washington, Michelle Bolsonaro diz que enviará abraço de Bolsonaro a Trump e fala em perseguição do Judiciário

Antes de embarcar para os EUA, Michelle reiterou que seu marido é vítima de perseguição judicial.


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro expressou tristeza no sábado (18) pela ausência de seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Ela reforçou a tese de perseguição judicial contra ele no Brasil.

“Sentimento de tristeza, mas temos certeza que o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve 58 milhões de votos, está sendo perseguido pelo Judiciário. Era para ele estar aqui, ele é amigo do presidente Trump, amigo da América, e gostaria muito de estar presente nesse momento tão importante que vai ser a posse do presidente”, afirmou Michelle ao jornal “Folha de S.Paulo” no aeroporto de Washington D.C.

Segundo ela, Bolsonaro não utilizaria a viagem para fugir do país, já que “não cometeu nenhum crime”. Michelle ainda disse acreditar que Trump terá um governo “abençoado e próspero” por seu amor a Israel.

“Bolsonaro pediu que eu levasse o carinho e o respeito que ele tem pelo presidente. Eles firmaram uma relação, comungam dos mesmos valores e princípios”, destacou Michelle. “Trago o abraço dele e o carinho dele pelo presidente Donald Trump.”

Antes de embarcar para os EUA, Michelle reiterou que seu marido é vítima de perseguição judicial. Bolsonaro foi indiciado em novembro por suspeita de envolvimento em uma suposta trama golpista para impedir a posse de Lula.

“Meu marido está sendo perseguido, mas assim como aqueles que Deus envia serão perseguidos, a gente sabe disso. Espero que Deus tenha misericórdia da nossa nação, do meu marido. Foi o maior líder da direita, ‘inelegível’, mas que elegeu o maior número de vereadores e prefeitos. Não seria diferente certo medo que eles têm do meu marido”, disse Michelle.

Ela reforçou que Bolsonaro não usaria o evento para fugir do país, já que “não cometeu nenhum crime”. A defesa de Bolsonaro utilizou esse argumento ao solicitar a liberação do passaporte, negada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes e pela PGR, a Procuradoria-Geral da República.

Donald Trump tomará posse nesta segunda-feira (20).