O Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, começa nesta segunda-feira (20) com quase 3.000 participantes. O Brasil, no entanto, se encontra em um paradoxo. O país terá sua menor delegação governamental em anos, com apenas um ministro, Alexandre Silveira (Minas e Energia), que teve sua viagem adiada devido à reunião ministerial e à crise política interna. Outros nomes como Luís Roberto Barroso (STF), Helder Barbalho (governador do Pará) e Eduardo Paes (prefeito do Rio) também estavam previstos, mas não viajarão.
A ministra Marina Silva (Ambiente) foi inicialmente escalada para painéis, mas foi substituída por André Corrêa do Lago, que também cancelou sua ida. Fernando Haddad (Fazenda) e Gabriel Galípolo (Banco Central) não confirmaram presença. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve uma participação histórica no evento em seu primeiro mandato, também não aceitou o convite. Por outro lado, o presidente argentino Javier Milei e Donald Trump, que tomará posse nos EUA nesta segunda-feira, confirmaram presença por link vídeo.
Apesar das ausências, haverá pela primeira vez uma ‘Brazil House’ em Davos, um espaço dedicado a promover o Brasil, com apoio de empresas como BTG Pactual, Gerdau e Vale. A iniciativa visa destacar oportunidades de negócios, com painéis sobre transição energética, sustentabilidade e finanças ambientais.
“Brasil tem um enorme potencial para liderar debates globais sobre descarbonização, soluções baseadas na natureza e nova economia”, afirmou Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual. Ele defende que a criação desse espaço ajuda o país a mostrar suas oportunidades para investidores globais.
A agenda do Fórum de 2025 destaca a inteligência artificial, a crise ambiental e a transição energética. Líderes de mais de 50 países, incluindo Trump, Milei e Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, marcarão presença. Apesar de um line-up mais modesto, o evento visa fortalecer a colaboração internacional frente aos desafios globais.