O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol foi preso, na manhã desta quarta-feira (15), horário local, após uma semana de confrontos políticos, resultado de seu decreto de lei marcial no mês passado. A agência anticorrupção do país confirmou a prisão, realizada em sua residência oficial durante uma segunda tentativa das autoridades.
Yoon passou semanas confinado em sua residência fortificada, protegido por sua equipe de segurança presidencial, enquanto enfrentava múltiplas investigações e um julgamento de impeachment. Ele é acusado de liderar uma insurreição, crime que pode levar à prisão perpétua ou até pena de morte.
Esforços anteriores para prendê-lo falharam após um confronto entre a segurança presidencial e cerca de 80 policiais. Manifestantes de ambos os lados se reuniram no local, com gritos de “renuncie” e “impeachment inválido” ecoando nas ruas.
Um tribunal emitiu um mandado de prisão depois que Yoon se recusou a atender a três intimações. O mandado permite sua detenção por até 48 horas, período no qual o Escritório de Investigação de Corrupção (CIO, na sigla em inglês) deve solicitar um novo mandado para mantê-lo sob custódia.
A crise começou em 3 de dezembro, quando Yoon declarou lei marcial, alegando que legisladores da oposição estavam “paralisando os assuntos de estado”. A Assembleia Nacional do país anulou rapidamente a declaração. O julgamento de impeachment teve início nesta semana, mas foi suspenso após a ausência de Yoon. O processo deve continuar com ou sem sua presença, podendo durar até seis meses.