“China nunca nos ultrapassará”, diz Biden em discurso de encerramento de seu governo

Ele criticou a Rússia, a China e o Irã, destacando sua “reconstrução de alianças” ao longo dos últimos quatro anos.


Joe Biden afirmou na segunda-feira (13) que os Estados Unidos estão mais fortes no cenário global do que nunca. Em um discurso de encerramento sobre política externa, no Departamento de Estado dos EUA, o presidente que deixa o cargo no dia 20, destacou a importância das alianças internacionais. A uma semana do retorno de Donald Trump à Casa Branca, Biden fez um apelo ao Ocidente para manter o apoio à Ucrânia.

Ele criticou a Rússia, a China e o Irã, destacando sua “reconstrução de alianças” ao longo dos últimos quatro anos. “Os Estados Unidos estão vencendo a competição mundial em comparação a quatro anos atrás”, declarou, sob aplausos de diplomatas.

Biden enfatizou o fortalecimento das relações na OTAN, destacando que os parceiros da aliança estão “pagando sua parte justa”. Trump, por outro lado, havia criticado repetidamente os países da OTAN, chegando a encorajar a Rússia a agir livremente contra aliados inadimplentes.

Zombando de Vladimir Putin, presidente da Rússia, Biden lembrou a invasão da Ucrânia:

— “Quando Putin invadiu, ele pensou que conquistaria Kiev em dias. A verdade é que, desde o início da guerra, eu sou o único que esteve no centro de Kiev, não ele”. Biden foi o primeiro presidente dos EUA a visitar uma zona de guerra não controlada por forças americanas, com sua visita secreta a Kiev em 2023.

Biden reforçou que os Estados Unidos e seus aliados “não podem se afastar” da Ucrânia, destacando a ajuda bilionária enviada desde o início da guerra em 2022.

Sobre a China, o democrata afirmou que o país [a China] “nunca nos ultrapassaria”. “De acordo com as últimas previsões, no curso atual da China, eles nunca nos ultrapassarão — ponto final”, assegurou. Biden afirmou que os laços com Pequim foram administrados de maneira que evitassem conflitos durante seu mandato.

De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (14), a economia da China deve desacelerar para 4,5% em 2025, impulsionada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, e em 2026, a previsão é de uma nova queda para 4,2%, conforme uma pesquisa realizada pela agência Reuters. Estimativas mais recentes de 2024 indicam que a China dificilmente superará os Estados Unidos economicamente, especialmente com o início do novo mandato de Donald Trump em 20 de janeiro, no qual ele prometeu implementar tarifas ainda mais rigorosas contra o país asiático.