O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou na sexta-feira (10) a decisão da Meta de substituir os verificadores de fatos por notas da comunidade geradas por usuários, classificando-a como “realmente vergonhosa”. Biden expressou preocupação com a propagação de desinformação sem a devida checagem.
A Meta, controladora do Facebook e Instagram, anunciou em 7 de janeiro que encerrará o programa de checagem de fatos nos EUA, adotando um sistema semelhante ao do X (antigo Twitter), onde usuários adicionam contextos às postagens. Mark Zuckerberg, CEO da Meta, justificou a mudança afirmando que os verificadores de fatos têm sido politicamente tendenciosos e que é hora de retornar às “raízes da liberdade de expressão”.
Após divulgar o último relatório de empregos na Sala Roosevelt da Casa Branca, Biden respondeu a perguntas sobre a decisão da Meta, seus planos pós-presidência, novas sanções à Rússia e possíveis perdões antes do término de seu mandato. Ele também comentou sobre a campanha presidencial da vice-presidente Kamala Harris.
Biden afirmou que Kamala Harris “poderia ter” e “teria” derrotado Donald Trump na eleição presidencial de 2024, expressando confiança em sua capacidade de vencer. Trump venceu a eleição de 2024 com 312 votos eleitorais, enquanto Harris obteve 226.
Questionado sobre uma possível candidatura de Harris em 2028, Biden disse que essa é uma decisão que cabe a ela tomar, mas afirmou acreditar na competência dela para concorrer novamente.
A decisão da Meta de encerrar a parceria com verificadores independentes foi criticada por grupos que defendem a segurança online, que consideram a medida um retrocesso que poderá impactar a qualidade da informação nas redes sociais.
