A Suprema Corte dos EUA rejeitou na quinta-feira (9) o pedido de emergência de Donald Trump para adiar sua sentença no caso de suborno em Nova York, marcada para esta sexta-feira (10). A decisão, por 5 votos a 4, abre caminho para que o presidente eleito dos EUA seja sentenciado poucos dias antes de sua posse em 20 de janeiro.
Os juízes conservadores Clarence Thomas, Samuel Alito, Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh votaram a favor de Trump, enquanto o presidente do Supremo, John Roberts, e Amy Coney Barrett se uniram aos liberais para rejeitar o pedido.
Trump afirmou que o caso “está longe de terminar”. “Vamos apelar de qualquer maneira, apenas psicologicamente, porque francamente é uma vergonha. É um juiz que não deveria estar no caso”, disse Trump em Mar-a-Lago.
O juiz Juan Merchan, responsável pelo caso, marcou a sentença para as 9h30 de sexta-feira, horário local, mas indicou que Trump não enfrentará prisão. Em declaração, a Suprema Corte disse que algumas preocupações de Trump podem ser tratadas “no curso normal da apelação”.
A corte também argumentou que a sentença não impõe um ônus significativo às responsabilidades de Trump, já que não há expectativa de penalidade severa.
Trump foi condenado por falsificar registros comerciais relacionados a pagamentos a Michael Cohen, seu então advogado, para silenciar Stormy Daniels, uma atriz de filmes adultos, antes das eleições de 2016. Trump nega o caso.
O presidente eleito contesta a condenação, alegando que deveria ser anulada com base na imunidade presidencial. Os promotores afirmam que a Suprema Corte não tem jurisdição no caso.
Alvin Bragg, promotor de Manhattan, defendeu a continuidade do processo, argumentando que o público tem um interesse convincente em concluir a sentença. Segundo ele, Trump não apresentou provas de que suas funções como presidente eleito o impedem de comparecer virtualmente à audiência, que deve durar cerca de uma hora.