O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, condenou o sequestro da ativista venezuelana María Corina Machado, ocorrido na quinta-feira (9) pelas forças do regime de Nicolás Maduro. Após breve detenção, Machado foi liberada. “A ativista democrática María Corina Machado e o presidente eleito González expressam pacificamente a vontade do povo venezuelano, com centenas de milhares de manifestantes contra o regime. A comunidade venezuelano-americana nos EUA apoia uma Venezuela livre, e eu os apoio fortemente. Esses lutadores pela liberdade devem permanecer seguros e vivos”, declarou Trump em sua rede Truth Social.
Porta-vozes de Machado agradeceram o “apoio incondicional” de Trump a Edmundo González Urrutia e à oposição venezuelana. “Os olhos do mundo estão na Venezuela. Com coragem, respeitaremos nossa vontade soberana de viver livres e em democracia”, escreveu a ativista no X.
O governo Biden também se manifestou, exigindo que “o direito de María Corina Machado de falar livremente seja respeitado”. Um porta-voz da Casa Branca afirmou: “Condenamos Maduro e seus representantes por tentarem intimidar a oposição democrática”.
Machado participou de um protesto contra Maduro na véspera da posse do líder chavista, proclamado vencedor das eleições de julho, sob acusações de fraude. Ao deixar a manifestação em Caracas, foi interceptada e derrubada de sua motocicleta, segundo sua equipe política.
“Armas de fogo foram disparadas no evento. Ela foi levada à força, obrigada a gravar vídeos, e depois libertada”, afirmou sua equipe no X. Vestida de branco e com uma bandeira, reapareceu em público após meses de silêncio.
O Ministro do Interior do país, Diosdado Cabello, negou as acusações, classificando o episódio como “uma invenção”. “Se quiséssemos detê-la, ela já estaria presa”, afirmou Cabello.