Manifestantes fazem protesto contra aumento da tarifa do transporte público na capital: “Aê, Tarcísio, vou te falar: abaixa o preço ou SP vai parar”

O valor das passagens subiu de R$ 5 para R$ 5,20 no transporte sobre trilhos, e de R$ 4,40 para R$ 5 nos ônibus.


Um grupo de manifestantes protestou na tarde desta quinta-feira (9) contra o aumento das tarifas de transporte público em São Paulo. O valor das passagens subiu de R$ 5 para R$ 5,20 no transporte sobre trilhos, e de R$ 4,40 para R$ 5 nos ônibus. O ato teve início em frente à sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá, onde os manifestantes exibiram faixas pedindo passe livre e a suspensão do aumento, além de caricaturas do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Durante o protesto, uma catraca foi incendiada, e os participantes entoaram músicas de protesto como: “Vem contra a tarifa, pular a catraca é gostoso”, “Pula catraca, estoura o tampão. Passe livre no busão”, e “O passe livre não é esmola! O filho do prefeito vai de carro pra escola”. A segurança foi reforçada com guardas-civis metropolitanos ao redor da área.

Em outro momento, os manifestantes gritavam: ‘Aê, Tarcísio, vou te falar: abaixa o preço ou SP vai parar’ e ‘Ô, motorista! Ô, cobrador! Me diga aí se o seu salário aumentou’.

A Comissão de Direitos Humanos da OAB-SP acompanhou o ato com quatro observadores, monitorando possíveis abusos. Representantes da Defensoria Pública também estiveram presentes. Às 18h30, os manifestantes iniciaram uma caminhada rumo ao Vale do Anhangabaú, escoltados por motos e viaturas da polícia, entoando “Vem pra rua! Vem, vem pra tarifa”.

Por volta das 19h, o Viaduto do Chá foi liberado, e o grupo avançou pela Praça da República, bloqueando parte da Avenida Ipiranga com a São João. Às 19h40, a Polícia Militar formou um cordão de isolamento, impedindo o acesso ao Terminal Bandeira e à estação Anhangabaú do Metrô. Após diálogo com a Defensoria Pública, a passagem foi liberada, encerrando o protesto pacificamente às 20h.

Os últimos protestos contra o aumento das tarifas ocorreram em 2020 e foram marcados por confrontos entre manifestantes e policiais, com uso de bombas pela PM.