O governo Biden anunciou o último pacote de ajuda militar à Ucrânia, avaliado em cerca de US$ 500 milhões. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, detalhou a nova remessa durante a reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, na Base Aérea de Ramstein, na Alemanha, nesta quinta-feira (9).
Enquanto isso, a Casa Branca prepara uma nova rodada de sanções à Rússia, com anúncio previsto para o final desta semana. Autoridades dos EUA afirmam estar buscando dar à Ucrânia uma vantagem estratégica antes de possíveis negociações para encerrar a guerra ainda este ano. Há expectativa de que a Casa Branca implemente novas sanções antes da posse do novo presidente ser empossado, Donald Trump.
A ajuda de segurança anunciada nesta quinta-feira, por meio da Autoridade de Retirada Presidencial (PDA), inclui mísseis de defesa aérea, munições ar-solo e equipamentos para os caças F-16 ucranianos. Apesar dos estoques de armamento estarem estáveis, autoridades destacam desafios de mão de obra na Ucrânia. O restante dos fundos aprovados pelo Congresso será destinado à Ucrânia, mas não toda a Autoridade de Saque Presidencial será utilizada antes do término do mandato de Joe Biden.
Biden planejava se encontrar com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sexta-feira (10), em Roma, na Itália, mas a viagem foi cancelada devido aos incêndios florestais na Califórnia. Este encontro seria o último antes do terceiro aniversário da invasão russa à Ucrânia. A administração Biden busca reforçar o apoio à Ucrânia no período final de seu mandato, preparando o terreno para negociações com Moscou em 2025.
O enviado de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, disse esperar uma solução dentro de 100 dias após a posse de Trump. As sanções impostas pelos EUA enfraqueceram significativamente a economia russa, com inflação e taxas de juros em alta. As próximas sanções serão anunciadas em breve, embora sua implementação fique a cargo da nova administração.
Desde o início da guerra, os EUA já destinaram mais de US$ 65 bilhões em ajuda à Ucrânia.
