Após Lula enviar embaixadora, Alckmin, Lira, Gilmar Mendes e ministro de Lula criticam posse de Maduro

Apesar das críticas, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse de Maduro para seu terceiro mandato.


O vice-presidente Geraldo Alckmin classificou como “lamentável” a posse de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela, nesta sexta-feira (10). Ele destacou, porém, que o governo Lula não reconheceu o resultado das eleições.

“Lamentável, mas o Brasil não reconheceu as eleições. A democracia é civilizatória e precisa ser fortalecida, as ditaduras suprimem a liberdade”, afirmou Alckmin no Palácio do Planalto.

Apesar da crítica, o Brasil enviou a embaixadora em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira, à cerimônia de posse de Maduro para seu terceiro mandato. O evento ocorreu na Assembleia Nacional, onde Maduro prestou juramento à Constituição homenageando o ex-presidente Hugo Chávez.

Maduro não apresentou provas de sua vitória, mas criticou opositores. “Ninguém impõe um presidente à Venezuela”, disse ele.

Nas redes sociais, Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, também criticou a posse. Para Lira, o processo eleitoral foi fraudulento e desrespeitou o voto popular. Ele defendeu sanções ao regime venezuelano.

“A posse de Nicolás Maduro afronta a vontade do povo venezuelano e deve ser repudiada, com medidas políticas e econômicas, para que ditaduras não se sintam legitimadas”, declarou Lira.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, também se manifestou. “As notícias da Venezuela são preocupantes. Não é democrático um governo que usa aparato militar para prender opositores”, disse ele, defendendo o compromisso com a democracia na América do Sul.

A Venezuela fechou a fronteira com o Brasil, informou a Polícia Militar de Roraima. A passagem fica na cidade de Pacaraima.

Renan Filho (MDB-AL), ministro da Infraestrutura, também criticou Maduro. “Manifesto minha indignação à posse de Nicolás Maduro. A tomada do governo pela força bruta e sem legitimidade precisa ser condenada”, afirmou em rede social.

“Como membro do MDB, partido que historicamente sempre defendeu as liberdades individuais, justiça e voto popular, deixo aqui meu repúdio ao regime truculento que desrespeita a vontade soberana do povo venezuelano”, concluiu Renan Filho.