Lula convoca reunião, chama de ‘extremamente grave’ ações da Meta sobre fim da checagem de fatos e critica Bolsonaro e Temer em exposição do 8 de janeiro

Além da exposição, o presidente visitou a Galeria dos Presidentes e fez críticas a Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta quinta-feira (9) a exposição sobre o ataque de 8 de janeiro de 2023, instalada no térreo do Palácio do Planalto. Acompanhado da primeira-dama Janja e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, Lula falou com jornalistas e criticou o grupo Meta, que anunciou o fim da checagem de fatos em suas plataformas.

“Extremamente grave”, afirmou o presidente, em referência à decisão do fundador e CEO da Meta, Mark Zuckerberg. Segundo Lula, “as big techs devem respeitar, e não ferir, a soberania de cada país”. Ele anunciou que convocará uma reunião para discutir o tema, sem especificar os participantes.

Lula destacou a necessidade de regulação digital: “Não pode um cidadão, dois, três, achar que pode ferir a soberania de uma nação. Queremos que a comunicação digital tenha a mesma regulação de mercado.”

Além da exposição, o presidente visitou a Galeria dos Presidentes e fez críticas a Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). “A Dilma foi eleita, foi reeleita, depois sofreu impeachment, sabe, por um golpe. Depois esse aqui [Temer], que não foi eleito. Esse aqui tomou posse em função do impeachment da Dilma. Depois, esse aqui [Bolsonaro] foi eleito em função das mentiras”, afirmou.

Lula também abordou a trajetória de Getúlio Vargas, ressaltando a importância de contextualizar a história: “Você colocar o Getúlio Vargas ali e não explicar que ele governou de 1930 até 1945… Depois ele volta em 50, e em 54 se mata por conta das pressões e acusações.”

A exposição incluirá QR codes com informações sobre os ex-presidentes, explicou a primeira-dama Janja, destacando a importância de esclarecer o contexto histórico para os visitantes.