O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi convidado por Donald Trump para comparecer à sua posse como presidente dos Estados Unidos, marcada para 20 de janeiro. Entretanto, a presença de Bolsonaro depende da liberação de seu passaporte, retido pela Polícia Federal desde o ano passado.
A defesa do ex-presidente informou que solicitará ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a devolução do documento. A retenção do passaporte foi determinada em fevereiro de 2024, no contexto das investigações sobre uma suposta tentativa de golpe de estado.
POSSÍVEL CRISE DIPLOMÁTICA
Nos bastidores, aliados de Bolsonaro alertam que, caso o pedido seja negado, a decisão poderá desencadear uma crise diplomática entre o STF e o governo de Donald Trump. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, confirmou o convite e destacou a importância do evento para as relações entre Brasil e Estados Unidos.
Outra figura polêmica também está envolvida na transição do governo Trump. O empresário Elon Musk, dono da plataforma X, foi incluído em abril de 2024 no inquérito das milícias digitais pelo STF. Apesar disso, Trump anunciou em novembro que Musk será o chefe do Departamento de Eficiência do Governo.
A posse de Donald Trump promete ser um evento de grande relevância, e a presença de Bolsonaro, caso autorizada, poderá marcar uma nova fase nas relações diplomáticas entre os dois países.