Terremoto de 6,8 no Tibete mata 126 e destrói centenas de casas; Dalai Lama e Xi Jinping lamentam

O epicentro do tremor foi localizado cerca de 80 km ao norte do Monte Everest, com tremores sentidos também no Nepal, Butão e Índia.


Um forte terremoto de magnitude 6,8 atingiu o sopé do Himalaia, próximo a uma das cidades mais sagradas do Tibete, nesta terça-feira (7), causando a morte de pelo menos 126 pessoas e destruindo centenas de casas, segundo autoridades chinesas.

O epicentro do tremor foi localizado cerca de 80 km ao norte do Monte Everest, com tremores sentidos também no Nepal, Butão e Índia. O Centro de Redes Sísmicas da China situou o epicentro no condado de Tingri, a uma profundidade de 10 km. O Serviço Geológico dos EUA estimou a magnitude em 7,1.

O terremoto causou grande destruição na região de Shigatse, lar de 800.000 pessoas. Vídeos divulgados pelo Tibet Fire and Rescue mostram equipes de resgate removendo escombros em busca de sobreviventes.

O Dalai Lama expressou profunda tristeza: “Ofereço minhas orações por aqueles que perderam suas vidas e desejo rápida recuperação aos feridos.”

No lado tibetano, foram registradas 130 pessoas feridas. No entanto, não houve relatos de vítimas em outros países. A região do Everest foi fechada para turistas após o desastre, segundo a agência de notícias Xinhua.

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu esforços máximos para resgatar as vítimas e reassentar os desabrigados. Mais de 1.500 bombeiros foram enviados às áreas afetadas, além de milhares de itens de socorro, incluindo tendas e mantimentos.

Desde 1950, o bloco de Lhasa registrou 21 terremotos significativos. O último de grande magnitude ocorreu em 2017, com 6,9 em Mainling. Em 2015, um terremoto de 7,8 próximo a Katmandu, capital do Nepal, matou cerca de 9.000 pessoas, sendo o pior na história recente do país.