Um homem do estado da Louisiana foi a primeira pessoa nos EUA a morrer de gripe aviária, confirmaram autoridades estaduais nesta segunda-feira (6). O paciente, com mais de 65 anos e condições pré-existentes, foi internado em estado crítico após contrair o vírus H5N1, que provocou doença respiratória grave. Ele teve contato com aves doentes e mortas em sua propriedade.
“A morte não altera a avaliação do CDC sobre o risco à saúde pública, que continua baixo”, disseram autoridades. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA ampliou suas recomendações para testes e tratamento, especialmente para trabalhadores rurais expostos ao vírus.
O Departamento de Saúde da Louisiana não divulgou informações sobre o momento da morte ou o tratamento. Também não foram encontrados outros casos de H5N1 ou evidências de transmissão de pessoa para pessoa. “O Departamento expressa suas condolências à família do paciente”, afirmou a nota oficial.
Desde abril, 66 casos de gripe aviária foram registrados nos EUA, com sintomas leves na maioria dos casos. A maioria das infecções ocorreu entre trabalhadores de fazendas de aves e laticínios. O vírus que causou a morte do paciente é uma versão encontrada em aves nos EUA, Canadá e Washington.
Em novembro, uma adolescente canadense foi hospitalizada após contrair o mesmo vírus. Ela permanece no hospital, mas não está mais em estado crítico. “Casos graves não são inesperados devido ao potencial de infecção grave e morte com o H5N1”, disse o CDC.
O H5N1 surgiu em 1997 e já causou infecções e mortes em vários países. Desde então, cerca de 1.000 pessoas foram infectadas globalmente, com taxa de mortalidade de cerca de 50%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O CDC afirmou que, no surto atual, não houve transmissão de pessoa para pessoa, mas o vírus apresentou mutações que poderiam facilitar essa transmissão.
