A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou, na quinta-feira (2), que Nick Clegg, presidente da equipe de assuntos globais, deixará a empresa após sete anos. Ele será substituído por Joel Kaplan, republicano conhecido por supervisionar as relações da empresa com conservadores. Clegg, ex-líder dos Liberal Democrats e vice-primeiro-ministro no Reino Unido, afirmou em postagem no Facebook que passará o bastão nos próximos meses, representando a rede social em encontros internacionais antes de partir para “novas aventuras”.
Kaplan, que anteriormente serviu como vice-chefe de gabinete na Casa Branca durante o governo de George W. Bush, é atualmente vice-presidente de política pública global da Meta. Ele é conhecido por lidar com as relações da empresa com republicanos, sendo uma escolha estratégica em um momento em que o Partido Republicano se prepara para controlar o Congresso.
Essa mudança ocorre em um contexto de crescente pressão sobre as plataformas de mídia social, com republicanos, incluindo o presidente eleito Donald Trump, acusando as empresas de censura e de silenciar discursos conservadores. Trump, no passado, chegou a ameaçar o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, caso retornasse ao cargo.
Clegg se juntou à Meta em 2018, após o escândalo da Cambridge Analytica, e foi um dos principais responsáveis por lidar com os desafios políticos e regulatórios da empresa nos EUA e na UE. Ele também liderou o trabalho da Meta nas eleições, permitindo que Zuckerberg se concentrasse em iniciativas como a inteligência artificial e a realidade aumentada.
Kaplan, conhecido por sua atuação como lobista, tem sido uma figura controversa na Meta. Ele interveio em decisões políticas para proteger aliados da direita, em um esforço para evitar críticas de censura. A Meta negou alegações de que Kaplan tenha influenciado decisões políticas dentro da empresa.
