Após morte de general russo, serviço de inteligência da Rússia afirma ter frustrado planos de assassinatos de altos oficiais do país

No último dia 17, o chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia, tenente-general Kirillov, foi morto em Moscou.


O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciou nesta quinta-feira que frustrou planos de assassinatos direcionados a altos oficiais russos e suas famílias em Moscou. Segundo o órgão, os serviços de inteligência da Ucrânia planejavam usar bombas disfarçadas de bancos de energia ou pastas de documentos para realizar os ataques.

No último dia 17, o chefe das Tropas de Proteção Nuclear, Biológica e Química da Rússia, tenente-general Kirillov, foi morto em Moscou. Ele foi alvo de uma bomba acoplada a uma scooter elétrica, detonada em frente ao prédio onde morava. Uma fonte do serviço de inteligência ucraniano, o SBU, confirmou à agência de notícias Reuters o envolvimento da Ucrânia no ataque. O Kremlin classificou o ato como “terrorismo” e prometeu represálias.

“O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa impediu uma série de tentativas de assassinato de militares de alta patente do Ministério da Defesa”, declarou o FSB em comunicado. O órgão informou ainda que quatro cidadãos russos foram detidos sob a acusação de colaboração com os serviços de inteligência ucranianos.

Segundo o FSB, um dos suspeitos teria recuperado em Moscou uma bomba camuflada como carregador portátil, planejada para ser fixada no carro oficial de um alto funcionário do Ministério da Defesa. Outro homem teria recebido instruções para identificar alvos, utilizando uma bomba escondida em uma pasta de documentos.

A TV estatal russa exibiu confissões dos suspeitos, que admitiram ter sido recrutados pela Ucrânia. “Um dispositivo explosivo disfarçado de carregador portátil, com ímãs, deveria ser colocado sob o carro oficial de um dos líderes do Ministério da Defesa”, detalhou o FSB.

Desde 2022, Moscou acusa a Ucrânia de planejar assassinatos para desestabilizar a Rússia, alegando apoio ocidental ao governo de Kiev. Kiev, por sua vez, defende que tais ações são ferramentas legítimas em meio ao conflito.