Moradores da zona oeste da capital estão se mobilizando para impedir a realização de um show de Ano-Novo no Allianz Parque. O evento, intitulado ‘Vira Brasil 2025’, será organizado pelo pastor André Fernandes, da Primeira Igreja Batista da Lagoinha em Alphaville, e ocorrerá das 17h do dia 31 de dezembro até 0h30 do dia 1º de janeiro.
Diversos artistas do gênero gospel, como Ana Nóbrega, Isaías Saad, Fernandinho e Banda Morada, já confirmaram presença no evento.
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMU), afirmou que ainda está analisando o pedido para liberação do evento. No entanto, o principal argumento dos moradores contrários à realização do show é que os alvarás concedidos para o Allianz Parque permitem apenas apresentações no estádio até as 23h30.
De acordo com um despacho emitido pela SMU, no processo de obtenção do alvará, os organizadores do evento deveriam ter buscado a anuência dos moradores da região próxima, o que, segundo os residentes, não ocorreu.
Associações de bairros como #Perdizes, #Sumaré, Pompeia, Água Branca e #Pacaembu assinaram uma carta contra o evento, enviada ao Contru (Coordenadoria de Controle e Uso de Imóveis), órgão ligado à SMU, na segunda-feira (9). Além disso, o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) dos bairros de Perdizes e Pacaembu, juntamente com síndicos de condomínios residenciais na área, também apoiaram o protesto.
Os moradores alegam que a grande quantidade de pessoas que se deslocará para o Allianz Parque durante o evento prejudicaria o tráfego nas ruas e dificultaria a chegada de convidados nas celebrações de Ano-Novo nas casas da região.
A Prefeitura, em nota enviada à Folha de S.Paulo, afirmou que a SMU orientou o organizador do evento a buscar a anuência dos moradores para a solicitação do alvará temporário, que visaria estender o horário do evento. No entanto, a Secretaria esclareceu que “não é exigência para emissão do alvará a anuência de moradores locais sobre a extensão do horário do evento, embora a pasta tenha feito essa orientação ao organizador”.
Procuradas pela reportagem, tanto a Igreja Lagoinha quanto a empresa Real Arenas, responsável pela gestão do Allianz Parque, informaram que não se manifestariam sobre o assunto.
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Com informações de Folha de S.Paulo.
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